terça-feira, 17 de abril de 2012

O outono

Numa tarde de outono, olhava o cair das folhas pela janela da cozinha enquanto fervia um chá.
Admira o outono; uma estação bonita e calma. Seus tons de dourado, cada pôr-do-sol diferente do outro o encantava. Mas limitava-se a ver das janelas da sua pequena casa numa viela em meio ao caos da grande metrópole.
Seu chá em ebulição, apesar do fogo brando, o fez perceber por quanto tempo estivera olhando o tempo pela janela da cozinha. Por ele continuaria ali por horas e horas, até que pudesse ver o sol nascer novamente e novamente e novamente.
Seus pensamentos não iam além da beleza daquelas cores, daquele movimento sutil que fazia seu chá ferver e as folhas lá fora flutuarem.
Por alguns minutos, que ele não sabe precisar quantos foram, mas que se pudesse, congelaria para sempre na sua memória, com medo de não poder vivê-lo novamente, esqueceu de tudo. Ali, naquela janela de outono, não havia amor, não havia saudades, nem lembranças. Apenas quis congelar parcialmente sua vida, a fim de nada.

domingo, 26 de junho de 2011

AQUILO!


Há tempos que eu queria escrever sobre isso, mas confesso que a hipocrisia não me deixava, mas, logo eu?!Chega!
Aquilo é bom. Faz bem: ao corpo, à pele, aos cabelos, à auto estima.
É possível didivir aquilo em duas partes: o amor e a ocasião.
O amor é lindo, é sublime, é maravilhoso. Mas a ocasião é selvagem, é violenta, é satisfatória, é..ui!

O amor tem o depois, o amor tem o ombro, tem o bom dia, o eu te amo, o você me faz tão bem...!
Mas a ocasião tem aquele nem quero te ver de novo, minha família nem pode saber disso, portanto, suma, foi bom hoje e talvez nem seja bom depois. O amor será bom para sempre.
Mas a ocasião te permite alguns juízos de valores que eu não diria agora, mas te permite alguns exageros, que o amor não permite.
A ocasião te faz querer subir pelas paredes, porque a volta será infinitamente melhor, na hora, naquele instante esperado. E depois não será mais.
Mas como explicar uma coisa que é tão boa, mas tão boa e que ao mesmo tempo você não quer que se repita? Ou pelo menos não naquele momento, não naquela fase, não naquele dia.
Ai que tá a graça do amor. O amor te faz querer sempre, a toda hora, a todo momento. Porque momentos assim te fazem sentir única ( sem hipocrisias, as vezes a gente não quer ser única e nem liga pra isso!),especial, amada.
Mas a vida, os rumos que ela acaba tomando você percebe que nem o amor nem a ocasião são suficientes. Não vive-se só de amor, muito menos de ocasião.

Mas, diante disso, acho que essa é uma pergunta que nunca terá resposta...

(texto livremente inspirado em http://pensador.uol.com.br/frase/MTMwMDkx/)

segunda-feira, 20 de junho de 2011


Ela é uma garota. Jornalista de vinte e poucos anos.
Esperava ansiosamente pelo final de semana, como tantas outras da sua idade e também estaria de folga, coisa rara nos últimos tempos.
Seu final de semana estava planejado: comemoraria o final da sua faculdade com alguns amigos, nada que durasse a madrugada inteira, ms seria muito bom juntar alguns amigos diferentes assim. E no domingo, ah, no domingo ela visitaria seus avós, que, assim como a folga, há tempos não fazia.
Ele é um cara descompromissado, assim como ela, atualmente. Sem pretensões, sem expectativas, pelo menos é o que ela pensa.
Talvez seja por isso que esteja acontecendo. Não se tem um nome, portanto, diante disso, será chamado de 'ISSO'.
ISSO faz bem, isso faz bem ao ego, à auto estima, às mensagens de texto sem resposta, muitas vezes, aos finais de noite sem finais ainda.
É verdade, final de noite sem final. Foi assim que acabou o seu encontro no bar. Três horas descompromisadas, delicioss, sim e, o mais importante: EFICIENTES. Alguns entenderão esse adjetivo (rs).
Ela está numa fase de sua vida em que muitas coisas estão dando certo, bom pra ela, e talvez alguns nomes farão muitas coisas darem errado.
Ela gostaria muito de mostrar para todos e, principalmente para ele, a importância das coisas e momentos. Ela gostaria de mostrar ao mundo inteiro o quão bom é ISSO.
Sem cobranças, sem perturbações, sem chateações. Apenas curtições, vontades, sensações e prazeres. ISSO!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E vamos cantar!


É incrível como algumas músicas têm o poder de encantar-nos!
Estive pensando outro dia na força que elas exercem sobre as pessoas, meros ouvintes passivos...
Energizantes. Relaxantes. Apaixonantes. Dançantes.
Adaptadas ao ritmo de cada indivíduo entram pelos ouvidos, são processadas pelo cérebro e sentidas pela alma.
Li uma frase qu dizia assim "música nenhuma pode lembrar certa pessoa, porque depois você não quer lembrar certa pessoa e não pode ouvir mais aquela música".

Mais do que memórias, a música representa uma identidade, um época; elemento macro da cultura de uma nação.
Uma forma poética de guardar para sempre aquilo que se viu e sentiu.